Green Project Awards no Brasil e outras novidades
O Green Project Awards (GPA) vai chegar, nos próximos meses, ao Brasil – a apresentação oficial está prevista para o final de Março.
É mais um passo importante para a estratégia deste projecto, que arrancou há cerca de cinco anos – apesar de contarmos “apenas” com três edições completas no nosso histórico – e que vê assim a sua sustentabilidade reconfirmada internacionalmente.
A outra grande novidade da sessão de apresentação do GPA 2011, que ontem decorreu na Culturgest, prendeu-se com o tema que a organização escolheu para a quarta edição do GPA, a inovação social e o voluntariado.
É um tema que já desenvolvemos no ano passado, quando dedicámos o GPA à luta contra a pobreza e exclusão social.
Para reforçar a importância do voluntariado nesta edição do GPA, convidámos Isabel Jonet, a presidente da Entrajuda, para falar do Volunteerbook, o mais recente projecto da instituição.
Jonet – ela própria já vencedora de um GPA, em 2009 – explicou que esta rede social dentro de uma rede social – neste caso, o Facebook – pretende promover a cultura do voluntariado, sobretudo do voluntariado jovem.
O Volunteerbook faz a ponte entre quem quer ser voluntário e as instituições que os querem receber, indo directamente ao local onde hoje os jovens passam o tempo, o Facebook.
O projecto pretende também capacitar as organizações com voluntariado qualificado e criar um projecto, no Facebook, para as empresas, universidades, organizações e grupos promoverem as suas políticas de responsabilidade social e o voluntariado. O Volunteerbook pretende ser também um espaço de diálogo e partilha de testemunhos e opiniões entre voluntários de todas as idades.
Sobre o Volunteerbook podem ler este texto, mas conhecer a aplicação directamente aqui.
O final da manhã ficou a cargo de Karen Hamilton, a vice-presidente da Unilever para a sustentabilidade e uma das responsáveis pela estratégia Sustainable Living Plan.
É um plano ambicioso de desenvolvimento sustentável que pretende, entre outros, ajudar mil milhões de pessoas a melhorarem a sua saúde e bem-estar, reduzir em metade a pegada ecológica de todos os seus produtos e obter de forma sustentável 100% da matéria-prima agrícola.
“Reduzir o nosso impacto ambiental não é suficiente, queremos mudar a vida a mais de mil milhões de pessoas”, explicou Hamilton.
A responsável da Unilever elogiou ainda as fábricas portuguesas da multinacional – “estamos no bom caminho, em Portugal, em relação às políticas de sustentabilidade das nossas fábricas” – e disse que uma das suas maiores preocupações estava relacionada com a redução do consumo de água. Não só nas fábricas mas também em casa dos consumidores.
A Unilever descobriu que o seu maior impacto ambiental estava relacionado com a utilização de champôs e sabonetes – por causa dos banhos dos consumidores, que duram entre 10 a 12 minutos – e não vai parar enquanto não conseguir mudar esta situação. Como? Trabalhando com “fornecedores e consumidores” para reduzir o impacto dos seus produtos no ambiente.
Reciclagem, nutrição sustentável ou promoção do bem-estar foram outros dos temas abordados por Karen Hamilton, numa bem preparada apresentação. (em breve colocarei links para ambas as apresentações).