Angola abre a porta às energias renováveis
Angola vai deixar de ser membro observador da Agência Internacional de Energias Renováveis, a Irena, para ser membro efectivo da organização, anunciou esta semana a imprensa angolana. A decisão foi tomada no domingo em Abu Dhabi, onde se encontra a sede da Irena, e é mais uma grande notícia para a economia e desenvolvimento sustentável angolano.
Para além de toda a informação relativa ao sector das energias renováveis, Angola terá agora à sua disposição, entre outros, a assistência técnica para dominar as tecnologias deste sector. É um passo decisivo para a implementação de projectos de energias renováveis no País. E para a transição para a economia verde.
Não é difícil perceber que Angola não deixará escapar esta oportunidade. O País tem tudo para promover a sustentabilidade de raiz, construir cidades sustentáveis ou investir em competências ligadas às renováveis.
Aliás, o último discurso de Estado da Nação é muito claro em relação ao desenvolvimento sustentável e forte aposta no urbanismo.
A oficialização da entrada de Angola na Irena vai permitir uma melhor gestão dos recursos energéticos renováveis mas, sobretudo, pode ser utilizada para melhorar o acesso à energia nas zonas rurais isoladas, a exemplo do que já acontece noutros países africanos. O resultado é a melhoria da qualidade de vida das populações, sobretudo as rurais.
A Irena será ainda importante na luta contra as alterações climáticas e no desenvolvimento de tecnologias que possam ajudar o País a melhorar o seu desenvolvimento sustentável.
É certo que este não é um processo fácil, como, aliás, Portugal sabe. Mas Angola está na hora certa para o aproveitar e acelerar a sua transição para uma economia (tendencialmente mais) verde.