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José Manuel Costa

José Manuel Costa

Oba Digital

29.08.08, José Manuel Costa

Barack Obama deu a conhecer a sua escolha para candidato à vice-presidência dos Estados Unidos da América através de SMS, ou mensagem recebida via telemóvel.

 

Naquela que é já considerada a melhor campanha política de sempre, Barack Obama, ou melhor, David Plouffe, director da campanha presidencial, está a saber gerir, como ninguém até hoje havia ousado, uma estratégia de comunicação com meios ainda não convencionais.

 

Num claro recurso a plataformas de comunicação como o SMS, o MMS, o YouTube, os blogs, a eleição do 44.º presidente dos Estados Unidos da América, que ocorrerá no Outono, é já e por si só uma vitória. Uma vitória da comunicação e da forma como chegar mais perto do eleitorado.

 

Sem tomar partido por Democratas ou Republicanos, a verdade é que a decisão de trocar o formato conferência de imprensa ou discurso televisivo pelo envio de e-mail, SMS ou MMS, para apoiantes e simpatizantes permite não só gerar buzz como engrossar a mailing list para futuros envios de mensagens.

 

No caso de Obama, o poder do digital tem também permitido que o candidato Democrata seja o campeão da recolha de fundos através, exactamente, da Internet.

 

Quando um candidato dá “luz verde” ao seu director de campanha – no caso David Plouffe – para enviar um e-mail aos apoiantes, para que estes saibam em “primeira-mão” o nome do candidato a vice-presidente dos Estados Unidos da América, e a convidá-los a remeter esse mesmo e-mail para amigos está a fazer História. Está a demonstrar o poder do digital, a força do “passa palavra” e, sobretudo, a permitir que o receptor sinta que é único, que tem poder. Uma autoridade que vai para além do voto que deposita na urna. Está a inaugurar um novo ciclo na forma de comunicar e fazer política.

 

Agora que Obama já disse formalmente “Sim” ao convite para ser candidato à Casa Branca que fórmulas irão ser eleitas para comunicar outros desafios e outras decisões?

 

Lisboa, Chiado de 2028

26.08.08, José Manuel Costa

Lisboa de 2008 tem muito pouco da capital de Portugal de 1988. Desde o dia em que o Chiado acordou em chamas muita coisa mudou no País. Da política, à economia, da cultura ao desporto muita coisa mudou em 20 anos, o tempo que o Chiado necessitou para sorrir.

 

Em duas décadas Portugal viu chegar as grandes superfícies e os centros comerciais, assistiu à privatização da banca, dos seguros, integrou o sistema monetário europeu, formou campeões, ergueu a Expo'98, organizou o Euro 2004, construiu pontes e rasgou estradas e outras vias de comunicação. Assistiu ao nascimento da televisão privada, viu nascer jornais, revistas e rádios, referendou a regionalização e o aborto, presidiu à União Europeia e a política interna teve viragem à direita e à esquerda. E as pessoas? Quando nos lembramos daquilo que éramos em 1988... tão diferentes que estamos.

 

E daqui por 20 anos? Que mudanças Portugal estará operado? Teremos a alta velocidade, um novo aeroporto, novas acessibilidades que nos permitirão chegar mais rapidamente a qualquer lugar. Teremos certamente novos rostos nos lugares de gestão e da política. E a comunicação? Para onde caminha a comunicação?

A força de um meio

26.08.08, José Manuel Costa

Nos últimos tempos muito se tem escrito, falado, comentado, discutido acerca do mundo da blogosfera e do seu poder junto das empresas, de quem gere e faz comunicação, junto da sociedade civil e sobre o “poder” de quem escreve.

 

Ao chegar fisicamente à blogosfera, ao passar das palavras ao acto, não posso deixar de recordar uma afirmação que proferi em 2005, ainda a comunidade e conteúdos que constituem os blogs estavam longe daquilo que são hoje. Dizia eu, em entrevista, que "outra ferramenta de relações públicas e comunicação estratégica nos próximos dois anos serão os blogues. Será impossível fazer comunicação sem blogs. Não haverá forma de passar sem eles".

 

Três anos depois a realidade ai está a dar-me razão! Os blogs são um percurso sem volta, que levam as pessoas a sentirem que são ouvidas online. A sentirem que podem influenciar outros a gerar redes de confiança e de partilha de informação e opinião. A sentirem que fazem parte da democratização da comunicação, que podem gerar buzz.

Perfil

08.08.08, José Manuel Costa

 

A Arquitectura e a Comunicação sempre foram as minhas grandes paixões, tendo sido a última a minha opção de vida. Já lá vão alguns anos desde a licenciatura em Comunicação Empresarial na cidade de Milão, que claramente deu as ferramentas e mostrou novos horizontes, os quais me levaram à criação do Grupo GCI. Tinha na altura 29 anos.

 

Comecei o percurso profissional no jornalismo económico, tendo alguns anos depois transitado para o “outro lado”, onde estive como consultor de comunicação, sobretudo nas áreas de imprensa e política.

 

Aos 43 anos chego à blogosfera, um mundo fascinante, desregulado e sem constrangimentos. Por isso, julgo ser o espaço ideal para acolher ideias novas, onde a ortodoxia tem muito pouco espaço, à semelhança da empresa que presido.