Polaroid enfrenta “o projecto impossível”
Para quem já foi dado como morto várias vezes – houve inclusive uma festa de encerramento da mítica fábrica de Enschede – o ainda incógnito regresso dos filmes instantâneos da Polaroid seria um dos momentos mais marcantes de 2010. Por alguma razão os investidores da “nova” Polaroid chamam-lhe o The Impossible Project.
O início do fim – do início – dos filmes instantâneos data de Junho passado, quando a última fábrica da Polaroid, em Enschede, Holanda, fechou as portas e a tecnologia foi descontinuada. Mas quando os direitos da patente dos filmes instantâneos Polaroid foram adquiridos pela empresa Impossible, que juntou ex-directores e investidores, os que, como eu, são fãs da mítica Polaroid, começaram a ter razões para sorrir outra vez.
Segundo os responsáveis da Impossible, o actual stock de filmes instantâneos deverá acabar entre este e o próximo ano – pelo que será preciso, mais rápido que nunca, refazer a tecnologia para que este seja eficiente, ecológica e acessível às bolsas dos consumidores, já habituadas ao filme digital.
“A missão da Impossible não é reconstruir o filme integral Polaroid mas, com a ajuda de parceiros estratégicos, desenvolver um novo produto com novas características, com novos componentes optimizados e modernos. Ou seja, um material analógico novo e inovador, vendido sob uma nova marca”, pode ler-se no site The Impossible Project.
O desafio, de facto, é monumental. O site do The Impossible Project tem um relógio que indica, segundo a segundo, quanto tempo falta para que os primeiros dos “novos” filmes estejam, se tudo correr bem, no mercado. Vela a pena ver aqui.
Como parte do meu percurso na área da consultoria de comunicação se faz, também, de projectos quase impossíveis, estou com a nova Polaroid. Espero que sejam bem sucedidos.