Sustentabilidade: pelo negócio e inovação
Em Setembro, o Meios & Publicidade perguntou-me porque razão deveria a sustentabilidade estar na agenda das empresas. Disse-lhes (e depois escrevi um texto neste blog) que havia três razões principais: pelo ambiente, pelos consumidores e pelo negócio e inovação.
Hoje vou pegar na terceira razão que então enumerei – negócio e inovação – porque ontem ficámos a saber que as camisolas que farão parte do equipamento oficial de Portugal - e do Brasil, Holanda, Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sérvia e Eslovénia - , no Mundial 2010, vão ser feitas a partir de garrafas de plástico recicladas.
Curiosamente, os equipamentos destas selecções são desenvolvidos pela Nike, precisamente uma das empresas que então referi estar a apostar na sustentabilidade para desenvolver a sua vertente de negócio e inovação.
Não sei se estas camisolas foram feitas a partir do projecto de design sustentável GreenXchange, mas sei que a Nike conseguiu a tripla (que, como se sabe, dá vitória certa): sustentável pelo ambiente, pelos consumidores e pelo negócio e inovação.
Duas outras pequenas notas. A primeira tem a ver com as camisolas. Segundo o The Guardian, as camisolas que serão postas à venda para os adeptos também serão feitas a partir de garrafas recicladas – e custando o mesmo que as “normais”, ou seja, cerca de 55 euros. Cada camisola é feita a partir de oito garrafas de plástico.
Ah, e ainda segundo a Nike, o próprio processo de fabrico das camisolas poupa cerca de 30% de energia em relação às ditas “normais”. Para além disso, os equipamentos terão ainda a capacidade de manter os jogadores “frescos” – se é que isso será possível - no decorrer do jogo.
A segunda está relacionada com o Mundial de 2010, que se vai realizar na África do Sul. É, tão somente, um dos mais mediáticos – senão o mais mediático – evento deste ano. E a sustentabilidade, como se está a ver, estará muito bem representada lá. Irá equipar nove selecções com um enorme potencial – e com milhões e milhões de consumidores.