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José Manuel Costa

José Manuel Costa

A tecnologia como inclusão social

27.04.11, José Manuel Costa

Apesar do título, não irei competir, neste post, com os textos do Diogo Vasconcelos, cujas apresentações sobre os projectos tecnológicos de inclusão social já por várias vezes aqui elogiei – como aqui ou aqui.

 

Vou, isso sim, falar do Brasil, e da forma como o seu Governo pretende, através da tecnologia, combater a exclusão social.

 

Uma das prioridades de Dilma Rousseff passa por dar às classes mais desfavorecidas uma maior possibilidade de acesso à internet – para além de melhorar a velocidade das ligações. Rousseff vê a internet como a melhor maneira de acelerar o desenvolvimento económico e social, sendo uma ferramenta essencial na inclusão social.

 

Apesar de Lula da Silva já ter feito várias incursões no campo do combate à exclusão social – nomeadamente através do programa Bolsa Família, que permite lutar contra a pobreza tendo como ponto de partida o acesso à educação – Dilma quer ir mais longe.

 

A nova presidente ampliou o Plano Nacional de Banda Larga a outras regiões e vai continuar a investir financeiramente para acelerar a entrada da população na sociedade de informação, contribuindo ao mesmo tempo para aumentar os níveis de emprego no País e o crescimento do PIB brasileiro.

 

É verdade que o Brasil não tem, hoje, uma grande taxa de penetração de banda larga, mas não me surpreenderia que, em poucos meses – o plano decorre até 2014 – as áreas mais rurais brasileiras estejam já online. A um preço acessível, claro.

 

E se o Brasil vai investir, por ano e até 2014, 440 milhões de euros para melhorar os seus serviços de internet, o País passará a ser um mercado importante para empresas como o Google, que têm tido alguns problemas em BRICs como a Rússia ou China.

 

O Google tem, aliás, planos para investir em força neste mercado.

 

“O Brasil é uma oportunidade maravilhosa para o mundo digital”, explicou ao Financial Times o responsável pelo Google Brasil, Fábio Coelho, que espera um aumento das receitas na ordem dos 80% em 2011.

 

Se, como diz Diogo Vasconcelos, a tecnologia pode – e deve – ser utilizada para o bem-estar das sociedades, sendo uma importante ferramenta de inclusão social, então também aqui o Brasil estará, em poucos anos, na vanguarda da inovação social digital, sendo um mercado (ainda mais) apetecível para marcas e empresas, projectos e ideias.


PS: Reforço o link que em tempos já aqui deixei, para o Dialogue Café, já presente em Portugal, Brasil e Holanda.

A coerência de Obama

11.04.11, José Manuel Costa

 

Parece que as presidenciais norte-americanas que elegeram Barack Obama foram ontem, mas a verdade é que é já amanhã – Novembro de 2012 – que o presidente norte-americano tentará ser reeleito.

 

A reeleição será mais complicada que a eleição. Para além das mudanças no colégio eleitoral, que retirou votos aos Estados democratas e realocou-os nos Estados onde os republicanos têm, normalmente, bons resultados – mas também nos chamados Swing States – a presidência de Obama não tem sido consensual.

 

Como já tive oportunidade de escrever aqui, Obama teve um início muito difícil enquanto presidente norte-americano, fruto não só da recessão económica que herdou de Bush mas também, ironicamente, das altíssimas expectativas que estavam criadas à sua volta.

 

Vacilou, por exemplo, na Conferência de Copenhaga, não conseguindo convencer os norte-americanos da necessidade de um acordo climático vinculativo nem motivar os restantes países para esta questão.

 

À parte das análises a um mandato que ainda não acabou – e, quando acabar, cá estarei para o fazer – Barack Obama já anunciou que irá recandidatar-se à presidência dos Estados Unidos, e logo com um vídeo onde não aparece uma única vez.

 

Inspirado pelo movimento de bases que tão bons resultados lhe deu em 2008, e com o slogan “It Begins With Us”, Obama escolheu o YouTube para o kick-off da sua campanha.

 

Nada mais coerente para quem diz que “a política em que acredito não começa com anúncios de TV que custam balúrdios ou extravagâncias, mas convosco – com pessoas que se organizam bairro a bairro, que falam com os seus vizinhos, colegas de trabalho ou amigos”.

 

E a coerência, na política e não só, vale muito.

 

Obama, recorde-se, foi o primeiro líder mundial a submeter-se às perguntas dos utilizadores do YouTube, numa entrevista exclusiva publicada pelo site de visionamento e partilha de vídeos e que foi a primeira de uma série de 55 entrevistas com líderes mundiais.

 

A campanha do presidente norte-americano será, assim, muito alicerçada nas redes sociais, com o Facebook, Twitter e YouTube como pontas de lança da promoção da sua agenda junto dos norte-americanos. E o partido republicano, o que fará?

 

PS: Será interessante ver qual a importância que os partidos portugueses darão, nestas eleições, às redes sociais.

 

PS2: Entretanto, o Google anunciou que o seu co-fundador, Larry Page, será o primeiro director de social media, uma área que passará a ser prioritária para o gigante norte-americano. Só agora, Google?

 

 

Wasteland estreia em Portugal a 28 de Abril

05.04.11, José Manuel Costa

O Green Savers afirma que está para breve a estreia do filme Wasteland em Portugal. É, de facto, um filme a não perder, como se pode ver no trailer que já está no YouTube e foi visto por perto de 100 mil pessoas.

 

Podem saber mais sobre o filme na Wikipedia e no site oficial. Vale a pena dar uma vista de olhos.


PS: O site oficial afirma que o filme vai estrear em Portugal a 28 de Abril.