Para conseguirmos uma verdadeira mudança de mentalidades não basta falar dela constantemente ou anunciá-lo com pompa e circunstância. Há que pensá-la, trabalhá-la no terreno, torná-la uma realidade. E efectivá-la.
Quando explico – repetidamente – que um dos objectivos da GCI é lutar por esta mudança de mentalidades, em várias áreas da nossa sociedade, estou a pensar em estratégias efectivas e visíveis para atingir estes objectivos.
O caminho para a mudança de mentalidades é longo e pressupõe inovação, curiosidade, criatividade e competência. Características que, como sabem, acho fundamentais para a valorização de uma consultora de comunicação, na forma como esta se integra e relaciona com as outras disciplinas do marketing, por exemplo.
E quando digo – repetidamente – que temos de repensar as consultoras de comunicação, na procura do Public Engagement, estou também a falar, na prática, de uma mudança de mentalidades.
Um exemplo: a GCI quer mudar a forma como se comunicam as campanhas sobre o VIH/Sida em Portugal, para conseguir alterar comportamentos e motivar as pessoas a fazer o teste.
Por isso, vamos lançar amanhã mais um movimento da sociedade civil, o É Melhor Saber, que promove a necessidade de diagnóstico atempado e precoce do VIH/Sida.
Por outras palavras, é um movimento que pretende levar as pessoas a fazer o teste do VIH que, ao contrário do que sucedida há uns anos, se for detectado precocemente pode ser controlado de forma preventiva e permitir uma vida com maior qualidade. E, não menos importante, evitar o contágio aos que mais gostamos.
Porque razão estamos a lançar este movimento? Portugal tem uma das maiores prevalências de VIH/Sida do continente europeu. E estes tratamentos custam 200 milhões de euros anuais ao Estado.
O movimento envolve subscritores e apoiantes da maioria das entidades que actuam na prevenção e tratamento da infecção VIH/Sida: desde as principais organizações da sociedade civil e ONGs que exercem a sua acção no campo de luta contra o vírus, as sociedades médicas e científicas.
O projecto conta também com o Alto Patrocínio da Presidência da República, o apoio institucional da Direcção-Geral da Saúde e da RTP, que é o media partner. E envolve todos os cidadãos que reconhecem neste movimento uma causa que diz respeito a todos.
Esta será, cada vez mais, a linguagem da GCI. A mudança de mentalidades não se anuncia. Faz-se.