Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

José Manuel Costa

José Manuel Costa

Economia Verde e a crise

28.02.12, José Manuel Costa

1. O centro de inovação português Inteli vai liderar o Re-Green, um projecto europeu dedicado à Economia Verde e que está hoje a ser apresentado no Museu do Fado, em Lisboa. Construção sustentável, criação de emprego e inclusão social serão alguns dos temas que, nos próximos três anos, serão estudados por este projecto, que conta com representantes de oito países europeus.

 

2. Na Holanda, o ateliê de design StudioStudio inventou um tipo de letra para disléxicos. A nova fonte reconhece que os disléxicos tendem a rodar as letras e a misturá-las e, para evitar que tal aconteça, concebeu vários truques para que as letras fiquem no seu lugar e sejam lidas mais facilmente.

 

3. Mais a Sul, em África, todos querem ter a Buffalo, uma bicicleta desenvolvida especificamente para a realidade africana e que ajuda a população de países como a Zâmbia, África do Sul, Zimbabué ou Quénia a deslocar-se mais facilmente. Paralelamente, a Buffalo cria empregos e traz mais investimento para o continente africano. A sua génese também é curiosa: a ONG World Bicycle Relief, que continua activa. Que grande projecto!

 

4. Na China, uma das obsessões continua a ser a poupança. Dois designers criaram um temporizador portátil para torneiras, um objecto que pode facilmente ser acoplado às torneiras e permite ao utilizador cortar o fluxo de água sempre que for preciso, poupando-a a desperdícios.

 

5. Nos Estados Unidos, rival chinês, dois engenheiros ex-colaboradores da Apple desenvolveram um termostato inteligente e que ajuda a poupar energia, podendo ser utilizado remotamente através da internet ou smartphones.

 

Este cinco projectos, pescados rapidamente no Green Savers, são a prova de que, com crise ou sem crise, a vida continua. Numa época de poucas certezas, há uma com a qual podemos contar: o futuro pedirá cada vez mais aos cidadãos, sociedade civil, emprsas e academia que trabalhem na transição para a Economia Verde.

 

Conhece algum projecto que se enquadre neste cenário? Então não hesite em concorrer ou passar a palavra: as inscrições para o Green Project Awards Portugal arrancam na próxima quinta-feira, 1 de Março, e há sete categorias e um prémio especial a concurso.

 

Boa sorte a todos.

Imagens de Marca, oito anos

22.02.12, José Manuel Costa

 

Há oito anos que o Imagens de Marca desafia os consumidores a perceberem melhor as marcas, algumas das suas estratégias e decisões.

 

Tal como o futebol, os carros ou a política, também as marcas têm os seus apaixonados – que eram, então, negligenciados. Por isso, quando foi lançado, o Imagens de Marca fazia falta à televisão portuguesa.

 

Hoje, o Imagens de Marca é muito mais do que isso, como pude confirmar (reconfirmar, aliás) no oitavo aniversário do projecto, no restaurante Aura.

 

Lembro-me bem da revolução que o programa provocou, no metiê do marketing e comunicação, aquando do seu lançamento.

 

À timidez inicial do magazine seguiu-se uma fase de grande criatividade do programa, que através de um meio, até então, ignorado pela imprensa da área – a televisão – conseguiu chegar a muitos profissionais e personalidades que, então, praticamente só conhecíamos de nome.

 

Este foi um dos grandes trunfos do Imagens de Marca para se consolidar como uma das referências da SIC Notícias. 

 

O Imagens de Marca é uma love brand e um case study de sucesso da televisão portuguesa e da indústria do marketing, media, comunicação e publicidade em Portugal.

 

Por tudo isto, estão de parabéns a Cristina Amaro e a sua equipa. Agora, é trabalhar para mais oito anos de sucessos – e de novos projectos. 

 

Veja o vídeo dois oito anos do Imagens de Marca.

 

Formação e o futuro das PR*

15.02.12, José Manuel Costa

*Artigo publicado no Imagens de Marca

 

A 10 de Novembro, Richard Edelman foi convidado para discursar no 50º jantar do IPR (Institute for Public Relations) norte-americano. Para uma data tão pomposa, o Presidente e CEO da Edelman escolheu um tema fracturante: re-imaginar a nossa profissão e as PR num mundo complexo.

 

Richard Edelman aproveitou para abordar vários temas que interessam ao futuro da nossa indústria, assuntos que, normalmente, ele expõe no seu blog, o 6 A.M. Hoje, vou escrever sobre um dos temas abordados por ele – a formação, um dos pilares do futuro da indústria e que passará, cada vez mais, por atrair e desenvolver os talentos com competências alargadas.

 

Diz Edelman que precisamos de pessoas com competências que vão para além da comunicação. Estamos a falar de licenciados em Economia, Gestão, Direito, Engenharia, Finanças – entre outros –, jovens que tenham passado experiências de funções governamentais, outros como conhecimentos  ólidos de estatística e métodos de análise (muito importante, por exemplo, para medir – rigorosamente – os resultados do nosso trabalho; ou encontrar os influenciadores digitais).

 

“As Public Relations devem oferecer uma carreira, não apenas uma mera passagem”, explicou.

 

Numa altura em que a indústria vive uma das suas fases mais importantes da história recente, em Portugal e resto do globo, é indispensável abrirmos a porta a outras qualificações e competências que não a comunicação.

 

Um exemplo: em Dezembro, a GCI lançou a segunda edição do “From Ordinary to Awesome”, um programa de estágios com um recrutamento único e que tem como objectivo formar consultores de Public Engagement.

 

Com uma duração de seis meses, o programa teve uma especial atenção em recrutar pessoas com formação académica ligada a várias áreas de competência que não a comunicação: Economia, Gestão, Direito, Geografia, Nutrição, Biologia, Bioquímica, Farmácia, Psicologia, Engenharia Civil, Medicina, Enfermagem, Engenharia do Ambiente ou Acção Social.

 

A primeira fase – a de recrutamento – decorreu durante o Verão e chegou a 45 faculdades de Lisboa, Porto e Coimbra, tendo sido recebidas mais de 600 candidaturas de 90 cursos diferentes. A avaliação final terá em conta dois eixos: a avaliação da formação em sala e os vários desafios que serão colocados ao trainee; e a avaliação pelo responsável de competência de cada trainee alocado.

 

Mais tarde será feito um relatório de avaliação, incorporando os vários elementos em análise e definindo as recomendações de integração ou não integração na GCI - assim como as funções que cumprem com o plano de carreira recomendado.

 

Finalmente, será feita uma reunião do board do projecto, onde serão explicitadas as necessidades operacionais de RH de cada competência e cruzadas as recomendações anteriores, no sentido de colocar os trainees com recomendação de integração. Assim, os melhores candidatos serão convidados a integrar a GCI.

 

Tal como a Edelman, a GCI está a re-imaginar as Public Relations, os nossos limites e responsabilidades. Estamos a mudar a forma como trabalhamos, pensamos, nos integramos ou relacionamos com as outras disciplinas do marketing.

 

Porque, sejamos realistas, o nosso lugar é cada vez mais junto dos conselhos de administração. E esse será, cada vez mais, o caminho da GCI: a procura pelo Public Engagement.

 

Tal como Richard Edelman, acredito que um profissional com uma formação diferente e experiências diversas pode, mais consistentemente, desenvolver uma ideia tão competente, arrojada e inovadora quanto vencedora. É esta a nossa aposta.

GPA: a revolução

09.02.12, José Manuel Costa

O título deste artigo é exagerado. Mas o Green Project Awards está diferente, como puderam comprovar os presentes no Museu da Electricidade, ontem, durante a apresentação oficial da versão portuguesa do movimento.

 

Sim, do movimento. O GPA é hoje mais do que um prémio de projectos sustentáveis, é um movimento mais amplo e ambicioso, que rejuvenesce e se adapta consoante os diferentes desafios se colocam - ou vão colocando.

 

Em Dezembro, apresentámos o GPA Brasil tendo – sempre – como pano de fundo a realidade local. No Brasil, o nosso foco passa por envolver os jovens, ligar o GPA ao Rio+20, mobilizar a sociedade civil e empresas em torno da agenda do desenvolvimento sustentável.

 

Juntamente com o INT – e vários parceiros brasileiros, entre os quais o Ministério da Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente; Governo e Prefeitura do Rio de Janeiro – queremos envolver os jovens nos projectos de sustentabilidade. Procurá-los e envolvê-los, por isso há um prémio específico para os menores de 24 anos.

 

Há ainda a necessidade de chegar às escolas e universidades, ONGs, associações de classe, empresas e administração pública e local.

 

Em Portugal, o GPA segue a mesma estratégia. Passámos de três para sete categorias porque estamos focados nos desafios que Portugal enfrenta em 2012 – superiores aos de anos anteriores – e porque queremos abrir à sociedade civil – definitivamente – o GPA.

 

O GPA Portugal 2012 tem várias palavras-chave: empreendedorismo, inovação, recursos naturais, emprego. Agricultura, mar, turismo. Os jovens (há o prémio Rock In Rio Atitude Sustentável GPA). A criação de riqueza. A academia e as ideias (há um novo prémio que vai distinguir a publicação de obras originais).

 

Podem saber tudo sobre as novas categorias aqui.

 

Ontem, houve um perfeito equilíbrio entre as mudanças que queríamos anunciar no GPA Portugal e os discursos dos nossos convidados. Ainda hoje teremos disponíveis várias entrevistas feitas in loco, e que provam que os nossos stakeholders estão empenhados nesta dupla mudança: a do GPA e a das mentalidades.

 

Aproveito para vos convidar a irem ao nosso novo site – uma verdadeira porta de entrada para os universos português e brasileiro do GPA. Até Março.

GPA 2012 apresentado amanhã no Museu da Electricidade

07.02.12, José Manuel Costa

Amanhã, pelas 10h, apresentarei – juntamente com a Quercus e Agência Portuguesa do Ambiente – a 5ª edição do Green Project Awards Portugal.

 

Será uma edição reformulada. Algumas das novidades foram já reveladas, mas há mais surpresas a apresentar amanhã de manhã.

 

O GPA Portugal estará alinhavado, como é óbvio, com o GPA Brasil – que, recorde-se, já abriu o seu período de inscrições e tem a cerimónia de entrega de prémios marcada para Junho.

 

Ambos têm o objectivo de mobilizar a sociedade civil a contribuir para o desenvolvimento sustentável dos respectivos Países, um processo que tem quatro palavras-chave: empreendedorismo, inovação, agricultura e juventude.

 

Na apresentação de amanhã, destaco a presença de três secretários de Estado – Alexandre Mestre, do Desporto e Juventude; Henrique Gomes, da Energia; Pedro Afonso de Paulo, do Ambiente e Ordenamento do Território; e de António Almeida Lima, administrador do AICEP.

 

Vemo-nos no Museu da Electricidade. Até lá.

Startup Lisboa

03.02.12, José Manuel Costa

Ontem passei parte da minha manhã na inauguração da Startup Lisboa, uma incubadora de empresas que já está a apoiar projectos inovadores e com potencial de internacionalização, numa lógica idêntica à da Y Combinator e Plug and Play (Silicon Valley) e Le Camping (Paris).

 

A Startup Lisboa nasceu da sugestão de um munícipe lisboeta, na sequência do bem sucedido Orçamento Participativo da capital portuguesa, e já “incuba” 11 projectos.

 

Paralelamente, e para além da ajuda da Câmara Municipal de Lisboa, a incubadora recebeu apoio do IAPMEI e Montepio, sendo que o edifício da Rua da Prata onde está instalada foi totalmente requalificado. São boas notícias para Lisboa, claro. E para os empreendedores, inovadores e exportadores lisboetas.

 

Espero ver, em breve, os primeiros resultados da Startup Lisboa. E quero desenvolver negócios com estes projectos – alguns deles já conhecia, através do Green Savers –, receber ideias mas também ajudá-los a progredirem.

 

Estamos numa época propícia aos empreendedores e a quem desenvolve boas ideias. Boa sorte, é o que lhes desejo.