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José Manuel Costa

José Manuel Costa

As marcas e a responsabilidade social

23.11.09, José Manuel Costa

Nos dias 28 e 29 de Novembro, sábado e domingo próximos, o Banco Alimentar contra a Fome promove, em 17 regiões do País, uma recolha de alimentos. Segundo os dados do Banco Alimentar, serão 25 mil os voluntários que, em 1.633 estabelecimentos comerciais, irão participar nesta recolha – que inclui ainda uma campanha “Ajuda Vale”, de 28 de Novembro a 6 de Dezembro.

 

Acções de responsabilidade social como esta são, infelizmente, cada vez mais importantes no dia-a-dia de uma sociedade. Mas também existem, felizmente, cada vez em maior número. Sei-o, mais que não seja, porque participei em várias dezenas de acções destas, em planos estratégicos de comunicação desenvolvidos para clientes.

 

E todos, em alguma fase das nossas vidas, sentimos a importância da responsabilidade social – seja para nós, familiares, amigos, vizinhos ou conhecidos.

 

Não me canso de dizer que o último Good Purpose, relatório da Edelman UK, explica que 77% dos britânicos está disposto a mudar os seus hábitos de consumo se isso tornar o mundo melhor, 55% espera que as marcas patrocinem boas causas e 59% diz que, hoje, não basta às empresas simplesmente gastar dinheiro – elas têm que integrar boas causas no seu negócio do dia-a-dia.

 

Tenho para mim que a evolução dos resultados do Good Purpose, nos últimos anos, no caminho de uma maior importância da responsabilidade social das empresas aos olhos dos consumidores, está directamente relacionada com a crise económica, social e de confiança que assolou (e ainda assola) várias regiões mundiais – e que outro estudo da Edelman, o Trust Barometer, confirma.

 

É visível que as pessoas sentem que algo mudou no seu dia-a-dia, as certezas tornaram-se dúvidas e por isso, mais do que nunca, esperam que as empresas e marcas estejam lá para elas. Nos bons como nos maus momentos. E as marcas têm que responder, sob pena de ficarem para trás em relação aos concorrentes e perderem uma oportunidade de ouro para ficarem, para sempre, no coração dos consumidores.

 

As agências de relações públicas são mais do que meras consultoras de comunicação. Estabelecer uma estratégia de responsabilidade social, a longo prazo, para uma marca ou empresa, é um dos desafios actuais das consultoras de RP. Felizmente, nas últimas semanas, não nos faltam exemplos disso: Missão Sorriso, Tempo para Dar, Aldeia da Paz ou Fábrica dos Sonhos, para falar de alguns projectos.

 

Segundo o Banco Alimentar, no ano passado foram distribuídos um total de 17.500 toneladas de alimentos, o que equivale a uma média diária de 69,6 toneladas. Acções como esta ou como a Bolsa de Valores Sociais, assim como as que referi em cima e que foram desenvolvidas pelo Grupo GCI, contribuem para uma maior sustentabilidade da estrutura social portuguesa. E haverá maior retorno que este?
 

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