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José Manuel Costa

José Manuel Costa

Green Project Awards contra a pobreza

22.02.10, José Manuel Costa

Foi curta – mas proveitosa – a  sessão pública de apresentação dos Green Project Awards. Perante um auditório improvisado – e cheio – no Museu da Electricidade, em Lisboa, Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação EDP, Fernando Nobre, presidente da AMI, Susana Fonseca, presidente da Quercus, António Gonçalves Henriques, director-geral da Agência Portuguesa do Ambiente e eu próprio demos o pontapé de saída para a terceira edição do GPA.

 

Como foi revelado no Museu da Electricidade – e no twitter do GPA, em www.twitter.com/gpa_portugal - a edição deste ano tem uma grande novidade.

 

Assim, e aproveitando o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, o GPA 2010 terá uma incidência especial nesta vertente. Como disse o António Gonçalves Henriques hoje de manhã, os projectos de responsabilidade ambiental e a luta contra a exclusão social estão muito ligados e raramente podem ser separados.

 

Foi o relatório Brundtland quem primeiro alertou para esta relação entre a sustentabilidade e a exclusão social. Conciliar o desenvolvimento económico com a preservação ambiental e o fim da pobreza do mundo é, aliás, um dos conceitos base do desenvolvimento sustentável.

Assim, e sendo 2010 o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social – e, paralelamente, o Ano Internacional da Biodiversidade – não podíamos deixar de integrar estes temas dentro do GPA.

 

“Acredito que o ambiente chegará, rapidamente, ao primeiro plano de importância da sociedade” – explicou na sessão Fernando Nobre. “O GPA está a contribuir não só para a melhoria de vida mas também para incentivar a criatividade da sociedade civil. Os projectos de responsabilidade ambiental podem contribuir para a luta contra a exclusão social”, continuou.

 

É aqui que surge outra das novidades do GPA 2010. O pilar social do projecto foi reforçado com o apoio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, que se junta aos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Economia – entre outras entidades – no apoio ao GPA.

 

Susana Fonseca realçou o GPA como um forma importante de (continuar) a sensibilizar a sociedade civil, as empresas e as instituições. A presidente da Quercus foi, de resto, bastante directa hoje de manhã. “A sustentabilidade continua a ser um conceito falado mas não praticado”, explicou.

 

Como anfitrião da cerimónia, o administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, foi o mais demorado nas palavras. Começou por dizer que o Museu da Electricidade é, ele próprio, um exemplo de sustentabilidade – que mistura cultura, ambiente e energia.

 

Mais tarde revelou que muitas vezes, em nome do desenvolvimento, faziam-se “coisas horríveis”. Por isso, as pessoas querem, hoje, saber o que se passa, exigem informação.

 

“A sustentabilidade é o caminho para oferecermos à próxima geração um mundo melhor do que o que recebemos” – continuou – “E o GPA reúne todas estas características e é por isso um projecto de futuro e de sucesso”. Como um dos organizadores do GPA, agradeço desde já a amabilidade do Sérgio Figueiredo.

 

O GPA 2010 distinguirá os melhores projectos das categorias de Produtos ou Serviços, Investigação & Desenvolvimento e Campanha de Comunicação.

 

A presidência do júri continuará a ser exercida por António Gonçalves Henriques, e terá representantes da Quercus, BCSD Portugal, LNEG, Adene, IHRU, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade Católica ou MIT Portugal, entre outros.

 

Por fim, basta-me revelar que as candidaturas para o GPA abrem a 1 de Março e decorrem até 31 de Maio. O Grupo GCI, a Quercus e a APA continuam a organizar os prémios. Boa sorte a todos e, lá mais para o final do ano, certamente nos encontraremos uma vez mais.