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José Manuel Costa

José Manuel Costa

Biodiversidade, inclusão social e negócio: Almada Sustentável

20.05.10, José Manuel Costa

A crise económica e as tragédias climáticas, o pânico das bolsas e aquele vulcão islandês de nome impronunciável tiraram da agenda alguns dos temas que estariam, de caras, reservados para o debate público.

Refiro-me, por exemplo, aos temas das inclusão social e da biodiversidade. É que 2010 é, paralelamente, o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social e o Ano Internacional da Biodiversidade.

Em Portugal, os temas foram lançados para discussão durante a sessão pública de apresentação do Green Project Awards. Pode recuperá-la neste post.

Dentro de dias, os temas voltarão para a agenda portuguesa durante a segunda etapa do GPA Roadshow 2010, mais propriamente no Almada Sustentável. Sim, durante quatro dias – de 25 a 29 de Maio – Almada será a capital da sustentabilidade.

Desta iniciativa destaco as conferências “Biodiversidade: respostas para um desafio global” (dia 27 de Maio das 9h30 às 13h) e o encontro “Perspectivas e Contributos para a Inclusão Social” (dia 25 de Maio das 14h30 às 18h).

Podem inscrever-se no site do GPA Roadshow, clicando aqui.

 

Da primeira conferência destaco algumas intervenções que irão (presumivelmente) explicar como esta gestão da biodiversidade foi utilizada, com sucesso, para garantir e gerar mais negócio.

Recordo aqui, por exemplo, um dos lemas do banco Standard Chartered: liderar pelo exemplo, para alcançarmos um crescimento económico sustentável, protegendo o ambiente e contribuindo positivamente para as sociedades onde vivemos e trabalhamos.

 

Já o disse aqui e repito. A sustentabilidade ambiental não funciona se não for – paralelamente – social e económica. Muito importante: económica.

A biodiversidade local e a ecologia urbana não foram esquecidas – o que realçará o carácter local – passo a repetição – e de “cidade sustentável” do Almada Sustentável – passo novamente a repetição.

Destaco também o encontro sobre inclusão social. A luta contra a pobreza e a exclusão social ganha, nesta época de austeridade em que nos encontramos, uma dimensão (ainda) mais importante.

Equidade, solidariedade, cidadania, empreendedorismo social ou responsabilidade das empresas e sociedade civil serão alguns dos assuntos abordados neste encontro.

Segundo explicou o Banco Alimentar contra a Fome aquando da sua grande recolha de alimentos de Novembro passado, em 2008 foram distribuídos um total de 17.500 toneladas de alimentos, o que equivale a uma média diária de 69,6 toneladas. Estes são números bastante relevantes para a realidade portuguesa.

Biodiversidade, inclusão social e economia. Conciliar o desenvolvimento económico com a preservação ambiental e o fim da pobreza é um dos conceitos base do desenvolvimento sustentável, tal como lhe chamou o relatório Brundtland. É bom não esquecer.

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