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José Manuel Costa

José Manuel Costa

Redes sociais: o entretenimento está a ganhar pontos

26.05.10, José Manuel Costa

Muito interessante o recente estudo publicado pela Edelman sobre os assuntos que influenciam a confiança dos consumidores nas empresas de entretenimento.

 

O Trust in the Entertainment Industry, que já vai na sua quarta edição, revela uma mudança na forma como os consumidores estão perceber (ou percepcionar) as redes sociais, que se estão a tornar em redes de entretenimento. Entretenimento social, leia-se.

 

Segundo o estudo, os consumidores acreditam que as redes sociais são responsáveis por proporcionar melhores experiências que outras formas mais “conhecidas” de entretenimento. Assim, a pesquisa refere que a Internet é já a segunda fonte “frequente” de entretenimento, logo a seguir à televisão.

 

Na faixa dos consumidores entre os 18 e os 24 anos, 73% dos norte-americanos e 61% dos britânicos afirma que vê as redes sociais como uma forma de entretenimento. Estes números descem ligeiramente quando a faixa etária sobe para os 35-49 anos: 50% nos Estados Unidos e 56% no Reino Unido. (o estudo foi conduzido nos EUA e Reino Unido)

 

Porém, os consumidores ainda não identificam as redes socais como empresas de entretenimento. Mesmo que procurem nelas experiências valiosas e considerem que estas fornecem melhores experiências de entretenimento que as empresas especializadas em música, jogos ou televisão.

 

“Não é surpreendente ver que a televisão lidera [esta] lista, mas é significante perceber que a internet é a segunda fonte de entretenimento – uma evolução desde a sua origem como fonte de informação. Acreditamos que todas as empresas existem hoje nesta nova era a que chamamos de entretenimento social (social entertainment) e vamos continuar a ver esta influência na forma como os consumidores e as empresas se relacionam com o entretenimento e entre eles próprios”, explicou Gail Becker, da Edelman.

 

Atenção, volto a destacar que este estudo foi conduzido nos Estados Unidos e Reino Unido. Ainda assim, estas conclusões poderão ter implicação, a médio e longo prazo, na própria indústria do entretenimento.

 

É também interessantes perceber que, se em 2008 os conteúdos gratuitos foram o assunto dominante desta pesquisa, este ano a possibilidade de aceder a conteúdos em várias plataformas liderou a escolha dos inquiridos.

 

E mais: 58% dos norte-americanos e 53% do britânicos disseram mesmo que estariam dispostos a pagar por conteúdos se estes estiverem acessíveis em várias plataformas.

 

Ainda assim, os consumidores não estão dispostos a abdicar da sua privacidade para obter entretenimento (esta é uma boa dica para o Facebook).

 

Também importante é perceber a relação entre a confiança e as empresas de entretenimento. O estudo demonstra que os consumidores que mais confiam nas empresas de entretenimento são os que estão dispostos a gastar mais com os seus produtos.

 

Por isso é tão importante a confiança na relação com todos os stakeholders.

 

E a criação desta confiança passa por "ouvir" com uma nova inteligência, participar na conversa, criar e co-criar conteúdos, socializar, ser o campeão da transparência, construir parcerias activas e "abraçar" complexidade.