O Public Engagement da EDP
A EDP tem uma equipa de cem pessoas que tem como única função… colocar questões. O objectivo é melhorar os serviços da empresa, acabar à nascença com os boatos e rumores que vão, posteriormente, parar à primeira página dos jornais regionais e, com isso, relacionar-se melhor com as populações locais.
Esta visão foi explicada e defendida por Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação EDP, durante a principal conferência de hoje no Green Festival, e que teve como tema a “Inovação Social: O que estão a fazer as empresas para serem relevantes nas suas comunidades”.
Sérgio Figueiredo deu mesmo um exemplo – real, pressupõe-se. Imaginem que, numa qualquer localidade onde a EDP esteja a construir uma barragem, corre o boato que a velha igreja – que já não recebe cerimónias – vai ficar submersa.
Mais: apesar de já estar “desmantelada”, esta é uma igreja que recebe todos anos a visita de milhares de emigrantes, que se deslocam propositadamente a Portugal para a visitar.
Este é um típico caso que, quando relatado à EDP por um dos responsáveis por esta equipa de “perguntadores”, morre à nascença. “Tudo não passa de um boato que se resolve na missa de domingo, evitando assim desnecessárias manchetes e rumores”.
Sérgio Figueiredo defende, por isso, que os projectos de sustentabilidade têm que beneficiar as populações locais, ligá-las ao ambiente, fazer com que elas sintam directamente estes investimentos.
"Hoje não basta ter a lei ao lado... se as populações não forem envolvidas a obra não se faz", revela Sérgio Figueiredo. “A sociedade está mais intrusiva e a confiança é o regulador entre a credibilidade e a ética", disse ainda Sérgio Figueiredo.
Soa-vos familiar?