Lula da Silva já pensa no terceiro mandato
O ainda presidente brasileiro, Lula da Silva, admitiu ontem que poderá voltar a candidatar-se nas eleições de 2014.
Ontem, quando questionado pela Rede TV! se poderá concorrer novamente, Lula não fugiu à questão. “Não posso dizer não porque ainda sou vivo. Sou presidente honorário de um partido, nasci político. Construi relações políticas extraordinárias”.
Lula não muda.
O presidente brasileiro, recorde-se, estava impedido pela Constituição brasileira de concorrer a um terceiro mandato consecutivo e escolheu para sua sucessora a antiga ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Imediatamente, os analistas políticos brasileiros anunciaram que as declarações fragilizavam o futuro Governo de Dilma, que já teria um grande desafio: sair da sombra de Lula.
“A declaração do presidente só vem piorar a percepção, que existe na população, que Dilma só está a segurar a cadeira até Lula se poder candidatar outra vez”, disse o consultor politico Alexandre Barros à Reuters.
Não sei se esta declaração fragilizará o Governo de Dilma. Tenho as minhas dúvidas, ainda que o timing do anúncio, a duas semanas de Lula entregar as chaves do Palácio do Planalto a Dilma, não terá sido o melhor.
Mas o tema esgotar-se-á por aqui. Não importa. Não interessa. O Brasil enfrenta desafios demasiado importantes e entusiasmantes para perder tempo com dúvidas presidenciais a cinco anos.
Há um Mundial em 2014, Jogos Olímpicos dois anos depois e pelo menos uma grande revolução urbana preparada para o curto prazo, numa época que, como pude comprovar in loco na semana passada, já é uma das mais brilhantes de sempre da história, da cultura e da economia brasileira.