Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

José Manuel Costa

José Manuel Costa

A evolução das estratégias de sustentabilidade

19.08.11, José Manuel Costa

Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, esteve em Maio em Portugal, onde participou numa conferência do Água & Ambiente.

 

Neste seu breve regresso a Lisboa – enquanto exilado, Minc chegou a dar aulas no ISCTE, nos anos 70 – o político ambientalista falou das diferentes etapas de sustentabilidade de cada País e do longo processo que o Brasil ainda tem de percorrer para chegar aos níveis de execução sustentável de Portugal.

 

Minc alertou que o Brasil está hoje 15 anos atrasado em relação a Portugal, em áreas como o saneamento e resíduos, e que por isso está sempre disponível para contar com a “inestimável ajuda” dos seus amigos portugueses. “Há muitos empresários na área do saneamento e resíduos interessados em investir no Brasil, que querem saber quais os nossos planos legislativos. Neste campo, estamos mais atrasados que Portugal”, afirmou aqui ao Sociedade das Nações, da SIC Notícias.

 

O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro falou especificamente das lixeiras a céu aberto, considerando-as uma “síntese da fusão entre o drama ambiental e social”. “Queremos livrarmo-nos desta realidade com o apoio de Portugal”, continuou, enquanto assegurou que iria concentrar o seu mandato carioca na duplicação do saneamento e na execução de uma forte política de reciclagem (aliás, confirmou mesmo uma parceria com a Sociedade Ponto Verde).

 

As estratégias de sustentabilidade são um dos pontos altos do triângulo estratégico Portugal/Angola/Brasil. As diferentes evoluções de desenvolvimento sustentável nestes países permitem às empresas portuguesas, com o seu know how, estabelecerem estratégias de inovação nestes mercados.

 

É esta evolução, baseada em valores de inovação e conhecimento, que poderão projectar as consultoras de PR para novos desafios e novas lideranças.

 

É esse, também, o grande desafio da GCI: desenvolver estratégias de Public Engagement para todos os nossos clientes, estabelecendo um conjunto de acções e comportamentos para as empresas se relacionarem com uma rede alargada de consumidores e organizações, comunidades e Governos.

 

Com o Public Engagement, queremos criar pontes entre o sector público, privado, a sociedade civil e a comunidade, promovendo interesses mútuos. Aliás, como os aqui referidos.

 

Voltando ao mercado brasileiro, não posso deixar de abordar esta notícia do Green Savers, que explica que o Brasil tem falta de profissionais especializados na área do ambiente. Os dados do Instituto Trata Brasil corroboram a tese de Minc de que o mercado brasileiro está hoje onde Portugal estava, mais ano menos ano, em 1995.

 

“As empresas precisam de profissionais da área ambiental por questões de custo e também para manter a boa imagem perante investidores e accionistas”, explicou o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

 

Ora, eu não sei se os desempregados e empregados insatisfeitos europeus estão a procurar refúgio no Brasil, nem tão pouco se os próprios Estados Unidos andam aflitos com a falta de profissionais ligados à indústria da energia solar. Mas sei onde existe know how para responder a esses desafios.