Vale a pena ler este artigo da PR Week sobre como as agências de PR inglesas estão preocupadas com a redução e cancelamento dos fees, dando como exemplo os resultados dos grupos Huntsworth e Chime.
A PR Week cita um cliente que diz que, internamente, é “cada vez mais difícil assegurar budgets para as PR”. “Estamos todos a ser apertados, por isso, quando estamos a lutar pelo nosso pote, é cada vez mais necessário justificar o valor que aportamos”, disse a fonte.
Por tudo isto, Mark Stringer, fundador da Pretty Green, acrescenta que o crescimento de um dígito, “year ou year”, seria um excelente resultado para a grande maioria das consultoras.
Entre as oportunidades identificadas neste período encontram-se as áreas de criação de conteúdos e comunicação digital, corporate e crise. E a criação de mais projectos para os clientes, uma vez que as oportunidades de media relations tradicionais estão a ser “espremidas”. (a expressão é mesmo squeezed)
O Reino Unido tem um dos principais mercados globais de PR, marcado pela inovação e evolução das metodologias de trabalho, por isso não houve grandes ondas de choque quando um dos seus líderes afirmou que as “oportunidades de media relations tradicionais estão a ser espremidas”. Ou que há que repensar a forma como as consultoras trabalham, apresentam os seus projectos, o valor aportado.
Há alguns anos que defendo que, mais cedo ou mais tarde, será necessária esta mudança na forma como as consultoras trabalham, pensam, se integram e relacionam com as outras disciplinas do marketing. Há que aumentar a inovação, curiosidade, criatividade e, porque não, a nossa competência.
Como explicou recentemente, em entrevista à Marketeer, a directora de planeamento estratégico da GCI, Mafalda Henriques, “todos dependemos uns dos outros, o negócio depende das relações com os stakeholders e o que importa é encontrar formas para desenvolver a relação”.
O modelo piramidal de influências foi substituído por uma esfera em que os media, os colaboradores da empresa, a distribuição ou as ONGs são stakeholders importantes. Todos acabam por influenciar o negócio. E será cada vez mais esse o caminho da GCI, a procura pelo Public Engagement.